Aquele louco que de sua boca somente saia devaneios para ferir a todos ao seu redor, cansado de jogar ao vento suas loucuras resolveu agora viver não somente de devaneios noturnos.
Colocou a cara da alma para fora e ver um mundo além de seu gole de tequila num bar do México ilusório e foi mais além muito mais além.
Quebrou a noite em pensamentos que invadiram sua mente e colocou tudo para fora mesmo sem saber se iria ferir quem o escutasse, somente queria falar e falar suas lamentações de ressaca não somente de tequila.
Jogou para fora toda sua resseca de uma vida de invenções, falsos amores, falsas noites.
Louco, louco foi assim que ele mesmo se definiu naquela noite gélida invadindo todo seu mundo no qual era resumido a bebidas, cigarros, livros que somente ele gostava e entendia, foi assim que definiu e resolveu viver no seu mundo construído por pensamentos perdidos e distorcidos.
Seu coração era feito de pedra, pedra e pedra, não tinha mais nada em seu lugar, pensava que tinha, mas não, o que tinha era somente a ilusão de tentar transformar seu coração em pedra em algo mais macio, mas não conseguiu.
Fechou em seu quarto ao som de músicas retiradas da gaveta da alma, essa que agora habita outra dimensão que ele mesmo não sabe qual é.
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