quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Quando o Natal perde a graça



Nem sei ao certo quando o Natal perdeu a graça para mim, ou será que tenho noção e as vezes omito  essa informação.

Sempre gostei do Natal quando eu era criança, deve ser porque criança vê o mundo com mais fantasia e inocência.
Lembro de quando eu era criança e esperava ansiosa para poder ir a casa da minha avó para poder ver a árvore de Natal montada e principalmente pelo presépio que ela montava em sua casa, quase sempre não deixava nenhum neto chegar perto quando ela montava, e nem gostava que a gente mexesse. Mas minha tia que  não era boba nem nada sempre dava um jeito de deixar a gente ajudar.
Lembro que quando minha tia  deixava eu ajudar na arrumação era uma alegria tremenda para mim, me sentia super importante, pois estava ajudando a montar o presépio e achava tudo muito lindo, principalmente quando eu pegava o menino Jesus, claro que eu tinha que tomar maior cuidado do mundo para não quebrar nada.
Minha vó já foi ficando mais velha e já tinha um pouco de dificuldade para poder montar o presépio, então a minha tia que ficou responsável em montar todo  ano, nossa, fiquei super feliz, pois minha tia deixava eu ajudar, claro que minha avó sempre ficava de olho em mim para eu não quebrar nada. Lembro que uma vez eu meio que atrapalhada como sou deixei quebrar uma bola de Natal, uma bem grande que minha avó tinha, nossa eu quase morri de medo de que  minha avó visse, mas minha tia que sempre foi boa deu um jeito de omitir o acontecimento, ufa me livrei de levar uma bronca, e até uns tapas, rsr
Só sei que o tempo foi passando e eu crescendo, mas a tradição de montar árvore na casa da minha avó foi crescendo, só sei que quando minha avó morreu em 2000 eu pensei que não teria mais esse ritual, mas minha tia não deixou e continuou a fazer isso, não por muitos anos, pois em 2007 essa minha tia tão querida foi para o plano espiritual.
De lá para cá parece que meu Natal perdeu a graça.
Sei que é natural, faz parte da vida de todo mundo, nascer,viver e morrer, mas tem pessoas que marcam a vida da gente de uma maneira  tão profunda e intensa e por mais que a gente tenta  e ter a certeza que a morte é só uma passagem e que num futuro bem próximo, o reencontro é certeza
O que fica é saudade, de saber que  não vou ter mais a presença física dela junto a nossa família, comendo suas comidinhas tão gostosas e esperar ansiosamente para poder montar a árvore e o presépio e saber que o Natal vai muito além de trocas de presentes, pois isso nunca acontecia na nossa família, pois o grande barato era montar o presépio e comer frango assado, porque nem essa modinha de Chester, Peru, não fazia parte do nosso repertório.

Enfim, Natal para mim atualmente é só mais um dia, uma data que a saudade está presente


:’( 

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