Posso até parecer um pouco ranzinza com o que vou
escrever aqui neste texto, mas vou escrever, se quem ler vai gostar ou não, isso depende. Sei
que quando se escreve algo, é necessário
pensar no leitor, como ele vai ler o que o escritor escrever, mas enfim, neste
momento meu foco não é exatamente o leitor, mas sim, escrever o que penso nesse
momento.
Sempre gostei de observar as pessoas, mais
especificamente as crianças,por eu ser pedagoga e gostar muito das crianças,
suas vivencias , suas inquietações, as relações interpessoais, as construções
que elas fazem do mundo, como se constituem como sujeitos de histórias.
Agora parafraseando um pouco Piaget e Vygostky,
grande responsabilidade parafrasear as bases da pedagogia. Piaget diz que a
construção do sujeito é um processo de maturação, que acontece de dentro para
fora, já Vygostky de fora par dentro, que o sujeito muda o mundo é mudado. Gosto dos dois, mas Vygostky é meu
preferido, não sei exatamente quando começou essa preferência, antes eu até
achava muito relevante a divisão que
Piaget fez com as fases do desenvolvimento infantil, mas olhando mais
criticamente, as vezes tenho a impressão que deixa um pouco de limitação,que um
indivíduo vai agir e pensar porque estar em determinada fase do
desenvolvimento, pode até ser que alguns pontos sejam realmente relevantes, mas
não seja regra.
Enfim, acho que estou fugindo um pouco do que
realmente quero escrever...
Então preciso voltar no foco, rsrr
Como disse, gosto de observar as pessoas, e agora
comecei a observar mais o adulto, acho que esse meu momento de observar o
adulto surgiu mais depois de voltar a estudar e agora psicologia, que é
fascinante, claro que estou bem no início, 3º semestre, ainda existe uma
caminhada longa para até chegar ao 10º semestre, mas é nesse processo de
construção de psicóloga, porque aprendi lá ainda na pedagogia que não posso
passar pelo curso, mas o curso precisa entrar em mim, então enfatizo que é eu
entrar nas teorias e elas entrarem em mim, porque afinal não tenho a síndrome
da Gabriela( canção de Dorival Caymmi: Eu nasci assim, eu cresci
assim. Eu sou mesmo assim. Vou ser sempre assim. Gabriela, sempre Gabriela).
Estava eu pensando
aqui, que infelizmente algumas pessoas vivem na síndrome da Gabriela, não gosto
de generalização, pois acho péssimo, mas como disse, infelizmente ainda existe
gente que vive como na canção da Gabriela, eu nasci assim, eu cresci assim...,
como se fosse inato, não é inato.
Acho que ainda não
consigo ser clara, parece que estou redundante no que escrevo, as palavras me
faltam para pode ter coesão no que escrevo.
Então vou dar um
exemplo, meio tosco, sabe que eu venho observado em algumas pessoas que levam a
vida meio que no fast, sim, como no fast food, tudo muito rápido, sem nenhuma
intensidade, como na necessidade de
viver tudo muito rápido, como se não tivesse tempo mais para nada, as amizades
iniciam rápido e terminam mais rápido ainda, os amores(se que podemos chamar de
amor), iniciam com uma veracidade e terminam mais rápido ainda, será que
vivemos na era do fast, tudo muito rápido, pode até ter a argumentação, foi
rápido porque foi intenso, ah desculpa, mas não consigo acreditar que posso
acontecer.
Sabe que também observo
é que algumas pessoas ainda permanecem na adolescência, ou seria adultecencia,
como se a vida fosse uma brincadeira,
não levam a vida a sério, como se estivessem num grande picadeiro de
circo.
Posso parecer um pouco
preconceituosa, coisa que não devo ser, posso parecer um pouco ranzinza, mas a
impressão que tenho, são adultos
brincando de ser adolescentes, deixa eu tentar ser mais clara e objetiva.
É só ir em uma
balada(odeio essa palavra), preciso dizer, sair na noite, rsrsrs. As pessoas
saem de suas casas, com as roupas mais lindas, novas, cheirosas, e vão para
a noite, e claro não vão sozinhas, com
amigos, alegres, curtem a noite inteira,
dão risadas, enchem a cara, e agora a
nova modinha que eu acho muito tosca, esse tal de selfie, tiram fotos
desesperadamente, e já compartilham nas redes socais, e esperam milhões de
curtidas, comentários, e se os amigos
não curtem ou comentam, alguns até dizem: “poxa vida, você não curtiu minha
foto, nossa pensei que iria comentar”.Uma
necessidade que até parece
insana, de ser acolhido, de ser aceito.
Voltando ao foco noite,
curtição, dão risada, bebem as cervejas, vinhos, tudo muito caro, porque a
“baladinha paulista” não é nada barato, Se embriagam de álcool, de fotos, de
vaidade e voltam com para suas casas com a sensação de dever cumprido. Não digo
que sair para noite seja algo negativo, pejorativo, mas chega num determinado
tempo de sua vida, que situações assim não tragam a felicidade que se deseja.
Não gosto de
generalização, mas enfim, esse meu texto, está um pouco generalizado,
pejorativo, ou até mesmo negativo, pode até ser.
Mas sabe o que vejo, são milhões de pessoas tentando
prolongar a adolescência como se ela fosse a única fonte de felicidade nessa
vida.
Tudo no hoje, tudo no
agora, no fast.
Todo mundo sabe como
são as comidas fast, o prazer imediato, satisfação que dura alguns minutos, e a
sensação e necessidade de que é preciso ligar para um novo fast food, porque a
barriga ainda ficou vazia.
É isso que eu digo,
chega de vida fast food.
Porque no final de tudo
isso, só será você com você mesmo, pois essa necessidade de pertencimento só
vai durar uma noite e ânsia de se sentir acolhido vai precisar de mais alguns
goles de mais uma noite.
Enfim, esse texto
parece de uma ranzinza que tenta entender o outro por meio de suas relações e
se questionar que a cada dia o ser humano está mais bonito, mais jovem, mas
rodeado de amigos, mas que na real, está mais sozinho, no meio da multidão.
Observação: texto
escrito sem revisão, porque se eu faço uma nova leitura posso querer tirar algo que escrevi...
Ei e eu estou sóbria..
sem efeito de alguma droga seja ela ilícita ou não.
Pode ser que esteja
sobre o efeito da realidade humana!